sexta-feira, 18 de abril de 2014

A naturalidade do Ser.

Porque o ser natural é o ser que é capaz e incapaz, é o ser alegre, triste, carinhoso ou bruto (eu opto pelo o que é bom), o ser humilde e honesto. É o ser que faz outro ser para tratar nas profundezas do amor e mais incomparável abismo de sonhar, é ser completo e viver para estar completo. É ser o ser que a gente encontra nas nuvens, assim como nas gotículas das águas que caem do céu.
Faz bem ser natural, olhar o natural, sentir o natural, enfim, viver o natural até o fim da eternidade. 

_Alana Thomé

Reconstrua.

Tudo se renova;
tudo se constrói;
Faça das coisas pequenas
o para sempre,
paradoxo do moinho das
palhas vendidas e queimadas
ao léu.

_Alana Thomé 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Revela-te o teu erro
construa-te o teu ato
se mostra que és guerreiro
e lança a espada no peito
de uma roubalheira.

Governa as tuas atitudes,
não mostras a tuas dores,
finca no teu peito a perseverança
de muitos amores.

Devolve o teu ego,
mostra-te o teu retrato junto
com o teu elo e ver que
a tua coincidência não passa
de uma mera experiência.

Tira de ti o retrato que não é falado,
bota em ti o orgulho de ser retratado.
Mas, cuidado para não ser manjado
ao ver o status de ser polemizado.

Não se esqueças de ter a hipocrisia
como um papel rotulado, com apenas
uma distância a ser banalizado.
Jogue, lute e haja!

 _Alana Thomé

Quero flores
esbanjando
sorrisos.
Quero cores
para pintar a vida.
Quero amor e
ousadia para
balançar os
quadris
nessa noite
de Lua
quente e cheia.

_Alana Thomé

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Um alguém chamado: Eu



Poesia é inexplicável, é inclassificável. É indefinido e temido. É perfurante e despido. É o alucinante e também congestionante. Eu escrevo não para viver no mundo e sim para sair dele como algo elusivo. Posso melancolizar, exagerar mais que Cazuza, sentimentalizar mais que Los Hermanos e dramatizar mais que Chico Buarque. Posso ser igual a feijão com arroz ou como Aninha e Renato. Posso ter uma "serespaperconfi" com você, mas com a esperança de que seja para sempre. Infinito enquanto dure. Talvez eu misture tudo menos você, porquê você já é a mistura que eu preparo e é a única que consegue sair com um gostinho de pão de mel. E que os vultos não assustem o meu coração, mas que as vertigens voltem acompanhadas de prazer para que eu possa viver. E assim como o lápis precisa do papel, eu preciso da minha plenitude sobre o meu merecer e preciso ainda mais da minha soberania para o meu entardecer, mas que deixe subtender que eu sou uma pequena flor em olhos lindos de viver. E mesmo parecendo não ter fim, eu prefiro deixar assim subtendido, por que às vezes o abstrato estraga e é do estrago que eu gosto. 

_Alana Thomé



Flor  Dalila, diva minha
Cravo Russo, prospera na
minha melancolia, vive-me
assombrando com essas
palavras de vivermos em paz
em algum lugar, em um mundo
surreal na aurora boreal. 

sábado, 5 de abril de 2014

Nas malas trago a lembranças
a rima se faz longe.
O ser que estar para ousar parece 
inacabado. 

As rimas se fazem perto e 
desfrutam de um esperto
que se diz estar desperto.

A imagem se esconde
a vida se mostra monstro
as coisas que se perdem
vivem em desmonto.

Nada parece ser raro, só o amor,
que parece acabar, assim, cada
vez mais tenso ao lado de 
quem o despreza. 

Senta aqui e nós vamos
acordar e o mundo florescerão
em um novo lar que fica
pronto de ousar. 
Voa como passarinho,
te liberta como escravo; sabe-se
 que o desespero é grande...
Ó, minha linda menininha,
não me deixa só e prenda-me
como se fosse o seu leão selvagem
nessa tua selva em extinção.
Poesia morta

poesia viva

ela deságua  e

eu me afogo.

Socorro! Estou

morrendo

poeticamente

nessa enchente

de solidão! 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sensação estranha de um amor quase perfeito.

Faz muito tempo que não te escrevo, ficaram velhas todas as noticias. Os meus sentimentos estão diminuindo por ti, as lembranças de um passado bom o vento está levando tudo. 
Ao acordar vou tomar meu café da manhã com as lembranças do que foi bom, do que vivemos. Queria muito recordar isso tudo, mas já não tem mais como. As palavras que eu te escrevia as, noticias e todas as outras palavras belas e românticas que lhe dizia naquele pequeno e pedaço de papel já não consigo decifrar.
Naquele dia a tempestade chegava da cor dos teus olhos castanhos, justo no dia que você me dizia adeus, eu com uma xícara de café e meu livro quase adormecendo de tantas lembranças de nós dois. Agora, essa estranha sensação de que você estava voltando se foi. Eu sempre acreditei que daríamos certo, mas agora só lamento sua ida.

_Alana Thomé