quarta-feira, 29 de junho de 2016

Bem antes de começar minhas férias da faculdade eu queria escrever. Escrever sem parar até o pulso cansar (só que agora eu digito e os dedos que são testemunhas). Queria poder expressar tudo o que estou querendo falar.
Sabe, a pressão de fim de semestre, as duvidas amorosas sobre amores de verão... Lembro-me até de um poema de Carlos Drummond: “
Carlos, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será...” Essa atual frase sempre fez sentido pra mim. – Espero que um dia não faça mais. Isso tudo que estou vivendo agora. O agora, é onde eu estou querendo sair, conhecer pessoas novas, viajar e socializar. Mas algo me prende e eu sei o que é. Existem inúmeros fatores e razões. Sou viciada em fazer listas e pra tudo na minha vida eu talvez precise de uma. – Para fazer meus cálculos, meus textos, o que vou fazer amanhã ou depois de amanhã. Tudo tem que ter uma organização devida na minha vida, virginiana nata é assim; Porém o coração revela uma grande desordem.
É tudo passageiro, eu sei. Logo eu, que sempre achei fantástico isso de boas energias, boas conexões e boas vibrações e é por isso que eu penso do porquê deu estar assim já que a minha alma é saltitante e alegre. Já que eu tenho quase tudo do que eu preciso e sigo o que eu quero e gosto de fazer.
Não sei explicar se foram expectativas (falando em modo geral) ou se é uma crise existencial.
Ultimamente venho pensando em mudar meu visual; está com aquela auto-estima lá em cima, porque é assim que eu costumo estar: Alegre, bom-humor, acreditando que tudo vai dar certo, tendo fé e perseverança. Venho me exercitando também. Procuro fazer sempre o que eu gosto. Inclusive escrever.
Agora eu posso respirar fundo e sentir um alívio em ter escrito esse texto, porque terminando de citar o poema de Drummond: ”... Entretanto você caminha

melancólico e vertical. Você é a palmeira, você é o grito que ninguém ouviu no teatro e as luzes todas se apagam. O amor no escuro, não, no claro, é sempre triste, meu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá. Não se mate.”

_Alana Thomé